As irmãs de caridade

“O general-chefe do exercito do Tonkin codecorou, em preseça da guarnição da capital, soror Thereza , superiora das irmãs de caridade daquela região…

As tropas formaram em quadrado o general, dirigindo-se á heroina, exprimi-se nos seguintes termos:

“Soro Maria Thereza, contaveis apenas viente e cinco annos e fostes ferida em Balaklava (campanha de Crimón) na occasião em que prestaveis soccorros aos feridos.

Em Magenta fostes ferida tambem, e desde então tendes soccorrido os nossos soldados na Syria, na China e no Mexico. No campo de batalha do Reischohofen fostes recolhida dentre os cadaveres dos nossos couraceiros, gravemente ferida. Mais tarde, tendo caido uma bomba na ambulancia cuja direção vos fôra confiada, apanhastes a bomba, arremessando-a a grande distancia; o projectil rebentando feriu-vos mortalmente. Apenas restabelecida, respondestes prontamente ao convite feito para vir ao Tonkin.”

As irmãs de caridade

Depois de pronunciar estas palavras, o general-chefe desembainhou a espada e tocando com ella tres vezes no hombro de soror Thereza, exclamou:

“Em nome do povo e do excercito francez concedo-vos esta cruz de honra. Ninguem dispõe de titulos mais gloriosos para merecer esta recompensa, porque ninguem tem sacrificado com mais abnegação a sua existencia em serviço da patria.

“Soldados! apresentar armas.”   

 

Fonte: AS IRMÃS DE CARIDADE, O Paiz, Rio de Janeiro, 16/11/1889, À Última Hora.

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